24 de agosto de 2009

(...)


A vida é tão simples, e insistem em complicar. Pior que pra eles, a complicada aqui sou eu. Mas se não acreditam, se nunca acreditam, pra quê ser sincera? Pra que, perder meu tempo, se não acreditam. E eles me perseguem, me esperando errar. Só pra me jogar, do penhasco e me culpar. Eu queria mesmo, é poder errar, errar matando essa perfeição que me obrigam, participar. E nunca se defaz, não fico mais em paz. Não vivo mais em paz. Queria poder rabiscar meus cadernos, meus cadernos escritos com tanta calmaria. Calmaria, falsa. Falsidade suprema por todos os cantos. E ninguém sequer pergunta, só pensam em dissimular, os erros dos outros. Os meus erros. Mas porque não cuidam dos seus próprios erros? Só cuidam em me prender, nessa torre louca. Não posso errar, não posso ser fraca, não posso me sentir rídicula, não posso me sentir mal, não posso cair. Mas talvez seja isso que eu queira. Revelar tudo que há em mim. Não viver mais de perfeição. Aos que sofrem disso, sabem que só cresce a raiva. E o que eu carrego no ombro, é a vontade de poder viver mais.
Mas agora eu estou desprezando, todos esses que me petrificam, me colocam na perfeição. Pra quê discordar? Melhor aceitar, e aprender a ser diferente deles. Continuo imperfeita na minha sombra. Pelo meu caminho, eles vão andar. Mas não vou olhar pro lado pra poder notar.


Eu quero saber me querer com toda a beleza e abominação que há em mim.

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