19 de abril de 2009

Medo

"O telefone não vai tocar e a porta não vai abrir, o café está frio, amanheceu o dia claro e você nunca esteve aqui." Agora eu entendo que o medo é o meu maior companheiro. Acima de todos. Ele está me impedindo de certa forma, de ser feliz. Impedindo-me de realizar certas coisas. Um monstro que engole a minha coragem. Ou ele sustenta ou finge sustentar-me porque estou apenas fugindo de quem sou. Não sou assim, não devo ser assim. Tento seguir meus instintos, mas depois que as coisas melhoraram de uma forma magnífica de um lado, de outro pioraram. Chances eu tive, mas não as agarrei pelo medo. Quero me entregar, viver essa aventura, e ao mesmo tempo não sei se vale a pena. Já aconteceu tanta coisa ruim comigo, já fui inocente demais e sofri, chorei. Agora não sei o que é viver. Desaprendi a ser feliz, a sorrir verdadeiramente. Não sei como lhe peço ajuda, não sei se vai me ajudar. Eu quero muito que as coisas aconteçam, mudem. Mas e se eu me enganar com ele? E se não for tudo o que eu penso que ele seja? E se eu estiver pensando errado sobre o que ele sente em relação amim? Só tem um jeito de saber, mas quando eu souber quero que o meu maior companheiro me de ao menos, uma folga. E a coragem volte a agir em seu lugar.