19 de outubro de 2010

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Deitei em minha cama, mas deitar não despertou minha vontade de dormir. Então coloquei meus fones de ouvido e ali fiquei. Nem mesmo meus olhos quiseram se fechar e ficaram vagando pelo escuro do meu quarto, pelo nada. Coisas, imagens, vozes, momentos. Tudo passou por minha cabeça enquanto a música se misturava ao barulho da chuva que caía tranquilamente lá fora. Isso me fez entorpecer totalmente. Não havia chuva, mas sim as visões de meu subconsciente. 
O futuro sempre foi algo que me amedrontou e imaginá-lo involuntariamente, não foi nada agradável. Tentei me conter, fechar os olhos ou simplesmente respirar normal. Mas não consegui e chorei. Pelo simples fato de chorar. Minha vontade era de que chovesse cada vez mais em minha mente, assim não precisaria ir à escola no outro dia pelo fato de meu pai ver naquele estado. Um motivo fútil, mas era um motivo. 
Se fosse assim, poderia dormir até mais tarde e tentar ter um sonho bom, que afastasse o realismo pessimista de mim. Um sonho onde eu aparecesse ao lado de alguém, provando de seu gosto e gravando o seu perfume em mim.

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