18 de agosto de 2010

Infindável Angústia

Um vazio que não precisa de motivo para nos visitar, mas precisa que imploremos para sair. Eu gostaria, com a finalidade de curá-la, de uma pessoa que me abraçasse... Simplesmente isso. Não falasse mais nada. Não sentisse a necessidade de preencher o silêncio que prevalecesse, e sim curtisse-o comigo, sem se irritar com o fato do meu eu ser totalmente confuso. Simplesmente uma pessoa que entendesse como é ruim o sufoco que pequenos detalhes acumulados causam, ou que até não entendesse, mas fosse um amigo. Mas que fosse tu. Não que te qualificasse como somente um amigo para mim... Mas nessas horas, um amigo que me daria o conforto de seus braços e seu colo, sem pedir nada em troca. Uma pessoa que me permitisse tirar o sorriso do rosto e dizer que estou mal e que não me forçasse a dizer 24 horas por dia que sou uma pessoa completamente de bem com o mundo. Como tu poderia me proporcionar. Sei que tudo isso, muito mais pelo contexto em que coloquei ao dividir uma situação embaraçosa em que me encontrava, onde a angústia se fez presente ao escolher renunciar a algo que se quer muito ter, experimentar e viver, mas que chega às vias do errado, do arrependimento de não ter tentando mais. Aí vem uma questão: Em que momento de nossa caminhada conseguimos calar os nossos desejos, retrair nossos impulsos e frear as nossas maiores vontades ao perceber que devemos ser racionais, calcular riscos, deixar de experimentar o momentâneo, não pagar pra ver (frase bem usada por mim em meus 15 anos, porém sem o não), calar nossas melhores palavras, matar os nossos melhores sentimentos, esquecer e colocar em termo nossos maiores desejos? Renúncia. Porem ela nunca esteve do meu lado. Renunciar para mim é prever o que se tem por vir (é?), é pensar no outro antes de pensar em si mesmo, é pensar no tanto de coisas e pessoas que podem ser envolvidas e prejudicadas por um ato/vontade/desejo, exclusivamente o seu. É muito interessante se perceber assim e ao mesmo tempo, quem advinha, muito angustiante também. Ainda não decidi se vou renunciar de fato. As situações ainda não me levam a uma decisão final. Afinal, é difícil em um estado como o meu... Cheio de incertezas e hipóteses. Hoje, consigo racionalizar o que sinto e o que quero, em questão de minutos. De qualquer jeito, tudo é passageiro, enfim... Se optar por um caminho de realizações do meu querer, pode ser que dê certo, pode ser que dê errado... Mas passa. Se escolher o caminho da angústia da renúncia, pode ser o caminho mais sábio e mais seguro, mas também passa. O que quero concluir com isso é que a vida sempre nos coloca para escolher: seja a decisão de optar por uma blusa verde ou laranja; seja de experimentar um risco que pode te levar à muitos sorrisos ou muitas lágrimas também. Então, façamos nossas escolhas, cientes do preço que se está disposto a pagar.

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