17 de agosto de 2010

Heartbreak Warfare

Depois de tanto tempo sem recaídas, as lágrimas se manifestaram. Hoje elas se soltaram tão naturalmente que eu nem mesma quis evitar. Parecia um choro bom, um choro por lembrar de certas coisas, um choro para aliviar o que tanto se guardava... Não que seja um choro totalmente de felicidade. Mas também não era um choro de tristeza. Era algo meio a meio. Metade felicidade, metade tristeza. Quando tudo me parece certo, sempre tem uma peça que se desencaixa para dar aquela balançada em todos os sentimentos. Confesso que não sei bem o porquê dessas coisas acontecerem bem quando estamos felizes e confiantes em nós mesmos. O que se passa por aqui, meu Deus?! É medo, crise de identidade ou existencial? Foi algo que fiz, disse ou não fiz ou não disse? Ou foi pelo simples fato de ter aparecido outra pessoa? Foi muito rápido, mas não digo que foi em vão. Foi pequeno o suficiente para que eu não me envolvesse, mas vejo que também foi intenso suficientemente para que hoje eu veja, me lembre e sinta minhas pernas ficarem sem forças. Não era para ter me envolvido. Porém, me envolvi. Pensava que havia sido um pouco tola em ter pensado tudo em que pensei. Aqui dentro, surgiu um sentimento repentino, que fui me dar conta disso somente agora. E tirando uma conclusão prévia disso... Parece que não fui tão tola quanto havia pensado. A confusão me toma toda vez que penso nesse assunto, sim, porque estou evitando. Evitando lembrar dos teus olhos castanhos, o divertimento que tu me proporciona, o teu jeito espontâneo e... Ta vendo só?! Quanto mais tento não pensar, mais tu me vens. Não digo que estou amando. Não digo que estou sofrendo. Mas é inevitável sentir isso. O nervosismo, a angustia e a curiosidade do que será disso e pra onde irá me levar. Não tem como fingir que não estou sentindo nada. Porque eu estou sentindo. Sei que preciso ser forte, preciso dar esse tempo ao tempo, dar um espaço livre pra que as emoções aflorem sozinhas, sem mim. Dói, mas talvez seja a melhor forma de resolver a situação. E no fundo no fundo, eu sei que essa dor é passageira. E algo me diz que isso definitivamente não acabou. Que isso não é um sentimento pobre que morre por falta de alimento. Admito que isso é totalmente estranho. Estranho sentir minhas pernas tremerem e sentir uma fusão de sentimentos dentro de mim por tão pouca coisa.
Afeto? Não sei. Mas tanto faz, ás vezes temos que conviver com uma confusão interior por ter problemas não esclarecidos. Ás vezes temos a felicidade de não precisar quebrar a cabeça tentando desenrolar tais problemas, simplesmente por não tê-los. O ser humano tem pontos baixos, fraquezas e que, muitas vezes nos pegam de surpresa. Há pessoas que se digam sozinhos. E esses pontos não são esquecidos e deixados para trás. Outro que se deve aprender com a vida. O indivíduo e ele mesmo. Frente a frente, uma batalha consigo mesmo. E quem gosta, ama, luta, deve respeitar a opinião do outro. E enquanto isso não acontece: É preciso esperar, esperar e esperar...

"Enquanto todo mundo espera a cura do mal, e a loucura acha que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência." - Lenine

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